Filmes

MOSTRA ÁFRICA HOJE - PROGRAMAÇÃO 2014 - IMS


1 – Camarões, Autópsia de uma Independência

Cameroun, Autopsie D’une Indépendance

Direção: Valérie Osouf e Gaëlle Le Roy

Duração: 52’                                                                                                       País: França                                                                                                       Ano: 2007

 Enquanto a mídia seguia as guerras da Argélia e do Vietnã, entre 1955 e 1970, uma guerra pouco conhecida acontecia em Camarões, tentando garantir a independência daquele país da França. A guerra custou a vida de grande parte da população camaronesa e fez centenas de milhares de vítimas civis. Esta é a história da descolonização dos Camarões.

 Valérie Osouf – Jornalista e realizadora de documentários. Viveu em Dakar, onde foi locutora e repórter  de rádio.  Trabalhou como correspondente local para Le Monde e RFI.


2 – Ady Gasy

Ady Gasy

Direção: Lova Nantenaina

Duração: 82’
País: França / Madagascar
Ano: 2014
 Para consertar um objeto, para cultivar a terra ou para confeccionar sapatos — as pessoas em Madagascar podem fazer muito, com quase nada... Este filme é um retrato sobre a reciclagem, a solidariedade, a liberdade e a poesia. A maneira malgaxe de vida é, acima de tudo, um sentimento de reciclagem criativa. Estas são as chaves para o estilo ady gasy!

Lova Nantenaina – Cresceu em Antananarivo, capital de Madagascar, durante o período de racionamento imposto pelo então regime socialista. Saiu do país em 1999 para estudar Sociologia Humanitária na França. Atualmente, investe na produção de filmes de diretores do cinema malgaxe.


3 - Amílcar Cabral.

Direção: Ana Ramos Lisboa

Duração: 60’
País: Portugal / Moçambique
Ano: 2001


 Amílcar Cabral nasceu na Guiné-Bissau em 1924 e foi assassinado em Conacri, capital da Guiné, em 1973. Foi líder do Movimento de Libertação da Guiné e do Cabo Verde e fundador do PAIGC (Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde). Este filme mostra Amílcar Cabral como homem, pai, político, humanista e poeta. 

Ana Ramos Lisboa - Nasceu em Furna Brava, Cabo Verde. “Cabo Verde, meu amor” foi o seu primeiro longa-metragem. No seu primeiro curta-metragem “Medo”, de 1996, foi roteirista, produtora e atriz. Atualmente, é autora de vários curtas, de ficção e documentários. Em 2001, “Amílcar Cabral” foi para o Milano Film Festival e em 2002 para o Festival das Ilhas de Cabo Verde.
 


 4 - Luanda: a Fábrica da Música.

Direção: Kiluanje Libkierdade e Inês Gonçalves                                       Duração: 56’                                                                                                         País: Angola / Portugal                                                                                      Ano: 2009

 No meio de um musseque de Luanda, o DJ Buda é dono de um estúdio de gravação. Os jovens aspirantes a cantores têm aqui a oportunidade de se expressarem: ao som das batidas de Buda, os jovens gritam as suas preocupações, amores e experiências diante de um velho microfone. No fim, dançam loucamente, riem e ouvem o seu próprio trabalho com os outros habitantes do bairro. É impossível não dançar com esta nova geração.

Kiluanje Libkierdade - Nasceu em Angola. Participou na co-realização e co-produção, ao lado do escritor angolano Ondjaki, do documentário “Oxalá Cresçam Pitangas, Histórias de Luanda” (2006). Em co-realização com Inês Gonçalves, produziu ainda o documentário “Mãe Jú”.


 5 – Vou Cantar para Ti

I´ll sing for you. 

Direção: Jacques Sarasin

Duração: 76’
País: França, Mali
Ano: 2001


 Uma sensível abordagem do músico Kar-Kar, original do Mali, cujo trabalho ajuda a explicar as origens do blues americano.

Jacques Sarasin - Nasceu em Genebra.  Em 1990, fundou a Faire Bleu Produções que, além de projetos culturais, produz vários curtas-metragens e documentários. Realizou outros dois filmes — “Somente ao redor do mundo” e “DN Europeia”.  


6 – Rumba do RioRumba River. 

Direção: Jacques Sarasin

Duração: 81’                                                                                                       País: República Democrática do Congo                                                           Ano: 2006

 Viajando no majestoso rio Congo, o jovem órfão Antoine Kolosoy compôs suas primeiras músicas. Ao ganhar fama, "Wendo", como era conhecido, foi perseguido pela igreja e sua música proibida pelas autoridades coloniais belgas. Tornou-se boxeador profissional, mas nunca largou a guitarra. Na década de 1960, suas canções expressaram a esperança de uma nação recém-independente. A ditadura subsequente reduziu-o a um mendigo, mas, em 1997, sob um novo regime, Wendo retorna à sua música.

Jacques Sarasin - Nasceu em Genebra.  Em 1990, fundou a Faire Bleu Produções que, além de projetos culturais, produz vários curtas-metragens e documentários. Realizou outros dois filmes — “Somente ao redor do mundo” e “DN Europeia”.


 7 – Jeppe numa Sexta

Jeppe on a Friday. 

Direção: Shannon Walsh & Arya Lalloo

Duração: 87’
País: Canadá e África do Sul
Ano: 2012

 Num único dia, a vida de cinco pessoas na área de Jeppestown é acompanhada pelas duas diretoras e uma equipe de cinco  cineastas sul-africanos. Por intermédio  das ambições, desejos e formas de viver ao longo de uma sexta-feira, o filme revela a diversidade étnica e socioeconômica que pode ser encontrada na capital da África do Sul.
 Shannon Walsh – Cineasta, educadora e escritora. Seu primeiro documentário, “H2Oil”, foi reconhecido pelo Montreal Mirror como um dos dez melhores documentários independentes de 2009. Em seu segundo documentário, “St-Henri, 26 de agosto”, traz dezesseis cineastas para descobrir a vida cotidiana em um bairro de Montreal. Subjacente a todo o seu trabalho estão a justiça social e o espírito de colaboração.

 Arya Lallo – Nascida na África do Sul, escreveu e dirigiu documentários, como o “Cidadão X”, que explorou as reações dos movimentos sociais à violência xenófoba em bairros peri-urbanos de Johanesburgo. Seus trabalhos mais recentes incluem o roteiro e direção de “Alexandra”! Minha Alexandra”, uma série de documentários históricos sobre um distrito de mesmo nome, e o documentário “Jeppe on a Friday” (co-dirigido com Shannon Walsh).

8 – Capitão Thomas Sankara

Captaine Thomas Sankara.

Direção: Christophe Cupelin

Duração: 90’
País: Suíça
Ano: 2012


 Um retrato composto de arquivos de Thomas Sankara, presidente de Burkina Faso, de 1983 até seu assassinato, em 1987. Pronto para libertar seu país e transformar a mentalidade de seus concidadãos, contestando a ordem política do mundo e desafiando os poderes de seu tempo, Sankara se destaca como personagem político na África.

Christophe Cupelin – cineasta independente, nascido em Genebra, Suíça. De 1989 a 1993, trabalhou no Programa de Filmes no Cinema Sputnik. Juntamente com outros parceiros, fundou a Laika Films.


9 –Soweto em Surf

Surfing Soweto. 

Direção: Sara Blecher

Duração: 74’
País: África do Sul
Ano: 2009/2010


 Em 1976, jovens do distrito de Soweto — área residencial destinada aos negros durante o apartheid, estavam lutando pela sua liberdade. Agora, no pós-apartheid, o que fazem esses jovens com a sua liberdade? Esta é a pergunta colocada constantemente neste documentário.

 Sara Blecher - Co-fundadora da produtora Cinga. Dirigiu “Surfing Soweto” e “Kobus and Dumile”, que lhe conferiu o prêmio de “Jornalista do ano”, pela CNN africana. É co-criadora, diretora e produtora do drama premiado “Bay of Plenty”. Dirigiu a versão local de “Who do you think you are?”. Atualmente, vive em Johanesburgo. “Otelo queima” é o seu primeiro longa-metragem.

10 - Fahrenheit 2010

Direção: Craig Tanner

Duração: 52’
País: África do Sul
Ano: 2009

Numa investigação intransigente Craig Tunner pergunta o que a Copa do Mundo realmente significou para os sul-africanos. O espaço publicitário foi vendido para Visa, Budweiser, Telkom e muitos outros... “Sozinha, a Fifa espera fazer $25 bilhões dos direitos televisivos”. Promessas foram feitas de que a população teria inúmeros benefícios. O filme revela os bastidores da Copa do Mundo.

Craig Tanner – Nascido na Austrália. Percorreu a África do Sul para realizar este filme escrito e dirigido por ele mesmo.


11 – Eu fabrico meu balafon 

M'bi Balan Blana" je fabrique mon balafon

Direção: Julie Courel

Duração: 53’
País: Burkina Fasso
Ano: 2007

O balafon é uma espécie de xilofone, um instrumento percussivo presente em vários países da África. O filme mostra a fabricação do instrumento por um mestre burkinabé, que também o sacraliza, conferindo-lhe poderes místicos que podem até curar.

Julie Courel – Professora de prática de vídeo na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, em Paris. Numa mistura de cinema e antropologia, produziu “M'bi Balan Blana” e três outros documentários, realizados em Ouagadougou, capital de Burkina Faso.


12 – Mandela: Filho de África, Pai de uma Nação

Mandela Son of Africa Father of a Nation. 

Direção: Angus Gibson e Jo Mennell

Duração: 120’
País: África do Sul
Ano: 1996

 Esta é uma biografia completa de Nelson Mandela. O filme aborda a infância, a família e a educação deste líder. Acompanha também a sua longa negociação pela liberdade para os vários grupos étnicos da África do Sul, incluindo as suas experiências na prisão de Robben Island.

Angus Gibson – Foi um dos fundadores da cooperativa Free Filmmakers, estabelecida em 1985 com a finalidade de desenvolver um cinema sul-africano relevante. Produziu e dirigiu vários projetos de filmes documentários para canais de TV europeus, incluindo “Soweto, a History”, que traçou a história do bairro contada pelos próprios residentes.

Jo Mennell – Produtor e diretor. Foi repórter da BBC. Em 1969, foi expulso da África do Sul como consequência de  três documentários por ele produzidos e dirigidos. Desde então, trabalhou para canais de televisão no Brasil, Chile e Estados Unidos. Em 1996, recebeu o Academy Award pela direção do documentário “Mandela”. Atualmente, vive na África do Sul.


13 – Foi Melhor Amanhã 

Ya Man Aach

Direção: Hinde Boujemaa

Duração: 70’
País: Tunísia
Ano: 2012


 A jornada atípica de Aida, uma mulher tunisiana, no burburinho intenso da revolução do seu país. Seu único objetivo é encontrar uma saída para a sua própria situação: a falta de um teto. Desloca-se de um bairro para outro, sem tomar conhecimento dos eventos que acontecem ao seu redor.

Hinde Boujemma – Dirigiu seu primeiro curta-metragem em 2008. Em 2008 e 2010, dirigiu filmes promocionais para o Festival Cinematográfico de Cartago. Contribuiu para muitos roteiros de filmes tunisianos, entre eles, o do filme "Abaixo Paradise". É graduada em Marketing no Instituto de Economia de Bruxelas.


14– Kadafi, Nosso Melhor Inimigo

Kadafi, our best enemy.

Direção: Antoine Vitkine

Duração: 95’
País: França
Ano: 2011

 Kadafi, líder da Líbia, foi considerado o principal inimigo do Ocidente durante a década de 1980 e um dos principais responsáveis pelo terrorismo. Mais tarde, Kadafi se junta a chefes de Estado e líderes europeus e norte-americanos. O filme lança um olhar sobre quarenta anos dessas relações e é o resultado de um ano de pesquisa e filmagens nos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Espanha.

Antoine Vitkine - Dirigiu cerca de 15 documentários, entre eles "Mein Kampf, estava escrito"; "Reagan, The Making of a Leader"; "Goncourt: Façam suas apostas"; "God Save the City"; "Os Escravos esquecidos"; "Dentro da Cabeça de Ratzinger".

15– Prisioneiros da Esperança

Prisoners of Hope.

Direção: Danny Schechter

Duração: 60’
País: África do Sul
Ano: 1995

 O retorno de 1250 prisioneiros políticos à prisão de Robben Island, na África do Sul, na companhia do Presidente Nelson Mandela, em 1995. O filme documenta um momento sem precedentes da reunião deste grupo de prisioneiros nos seus antigos locais de encarceramento.

Danny Schechter – Jornalista, produtor para TV e realizador independente. É especializado em temas que abordam a interface entre direitos humanos, jornalismo, música popular e sociedade. Recebeu da Sociedade dos Jornalistas Profissionais o 2001 Award for Excellence in Documentary Journalism.  


16 – Contagem Regressiva

Countdown to Freedom: Ten Days That Changed South Africa.  

Direção: Danny Schechter

Duração: 97’
País: EUA e África do Sul
Ano: 1994

 Cobertura dos últimos fatos antes das primeiras eleições livres para presidente, após o fim do  apartheid, em Johanesburgo. O diretor acompanha os movimentos no governo e também os movimentos nas ruas até o dia em que Nelson Mandela foi eleito.

Danny Schechter – Jornalista, produtor para TV e realizador independente. É especializado em temas que abordam a interface entre direitos humanos, jornalismo, música popular e sociedade. Recebeu da Sociedade dos Jornalistas Profissionais o 2001 Award for Excellence in Documentary Journalism.